domingo, 21 de outubro de 2012

Diagnóstico da Hepatite B


Clínico (principais sintomas): A hepatite B pode ou não apresentar sintomas. Quando presentes, os sintomas podem variar entre os seguintes: mal-estar, cefaleia (dor de cabeça), febre baixa, anorexia (falta de apetite), astenia (cansaço), fadiga, artralgia (dor nas articulações), náuseas, vômitos, prurido (coceira), desconforto abdominal na região do fígado e aversão a alguns alimentos e cigarro. A icterícia geralmente inicia-se quando a febre desaparece e pode ser precedida por colúria (urina escura) e hipocolia fecal (descoloração das fezes). A hepatomegalia (aumento do fígado) ou a hepatoesplenomegalia (aumento do fígado e do baço).






>> Hepatite B aguda: A evolução de uma hepatite B aguda consiste de três fases:
Prodrômica ou pré-ictérica: Com aparecimento de febre, astenia, dores musculares ou articulares e sintomas digestivos, tais como anorexia, náuseas e vômitos, perversão do paladar, às vezes cefaleia, repulsa ao cigarro. A evolução é de mais ou menos 4 semanas. Eventualmente esta fase pode não acontecer, surgindo a icterícia como o primeiro sinal.
Ictérica: abrandamento dos sintomas digestivos e surgimento da icterícia que pode ser de intensidade variável, sendo, às vezes, precedida de colúria. A hipocolia pode surgir por prazos curtos, 7 a 10 dias, e às vezes se acompanha de prurido.
Convalescença: Desaparece a icterícia e retorna a sensação de bem-estar. A recuperação completa ocorre após algumas semanas, mas a astenia pode persistir por vários meses. Uma média de 90 a 95% dos pacientes adultos acometidos pode evoluir para a cura.

>> Hepatite B crônica:
Quando a reação inflamatória do fígado nos casos agudos sintomáticos ou assintomáticos persiste por mais de seis meses, considera-se que a infecção evoluiu para a forma crônica. Os sintomas, quando presentes, são inespecíficos, predominando fadiga, mal-estar geral e sintomas digestivos. Somente 20% a 40% dos casos têm história prévia de hepatite aguda sintomática. Em uma parcela dos casos crônicos, após anos de evolução, pode aparecer cirrose, com surgimento de icterícia, edema, ascite, varizes de esôfago e alterações hematológicas. A hepatite B crônica pode também evoluir para hepatocarcinoma sem passar pelo estágio de cirrose.

Laboratorial (exames realizados):
A suspeita diagnóstica pode ser guiada por dados clínicos e/ou epidemiológicos. A confirmação diagnóstica é laboratorial e realiza-se por meio dos marcadores sorológicos de triagem do VHB, que são HBsAg e anti-HBc.

sábado, 6 de outubro de 2012

HEPATITE B

A hepatite B é transmitida por um vírus DNA com 42 nm de diâmetro, composto por elementos superficiais e centrais com características antigênicas diferentes. O conhecimento destes marcadores virais é extremamente importante no diagnóstico e no tratamento, tanto da infecção aguda quanto da doença crônica. Após a contaminação, os marcadores podem ser detectados no sangue, sendo possível o diagnóstico da fase aguda através da detecção do IgM-antiHBc (este marcador pode ser detectado até 1 ano após a infecção, porém em níveis bem mais baixos que na fase aguda). A detecção do HBsAg e do HBeAg não diagnostica fase aguda já que estes marcadores podem estar presentes também na infecção crônica. A ausência do HBsAg não afasta o diagnóstico de hepatite B aguda, já que entre o desaparecimento deste marcador e o surgimento de seu anticorpo (anti-HBs) pode haver um período variável de tempo denominado janela imunológica. O HBeAg, que marca replicação viral, pode se manter positivo durante toda a fase aguda e também na infecção crônica, caso esta ocorra. O HBcAg não é, normalmente, detectado no soro dos pacientes contaminados, só sendo possível sua detecção no tecido hepático através de técnicas de imunoperoxidase. Com o passar do tempo, a tendência é o desaparecimento do HBsAg, do HBeAg e do anti-HBc IgM e surgimento do anti-HBs, antiHBe e do anti- HBc IgG, marcando a cura da infecção. A permanência do HBsAg por 6 meses ou mais permite a inclusão do paciente no grupo de portadores crônicos do vírus da hepatite B (quadro 3) .




As principais vias de transmissão do vírus B são a parenteral, sexual e vertical. Após o contágio, 90% das crianças e 10% dos adultos se tornam portadores crônicos do vírus B. Tal fato torna as medidas preventivas ainda mais importantes. Dentre os profissionais da área de saúde, a necessidade de vacinação é incontestável, tendo em vista que a mesma leva a produção adequada de anticorpos em 95% dos adultos .

Hepatites virais I Vídeo oficial



Vídeo da campanha de combate às hepatites virais.

Hot site: www.hepatitesvirais.com.br
Facebook: http://www.facebook.com/minsaude
Twitter: www.twitter.com/HepatitesMS

Outras informações:

SUS adota testes rápidos para hepatites B e C: http://bit.ly/o76hfb

Testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites serão realizados em aldeias de todo o Brasil: http://bit.ly/qqS5Ec

Parceria leva combate das hepatites aos caminhoneiros: http://bit.ly/qKS2KT

Quem freqüenta salão de beleza ou estúdio de tatuagem deve ficar atento à prevenção: http://bit.ly/ohMEBd

Próximo ao dia de combate a hepatite saiba mais sobre os tipos: http://bit.ly/py1O42

Caminhoneiros receberão ações de combate e tratamento da doença: http://bit.ly/oyF67n

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HEPATITE - BATE PAPO - WWW.ARTEDEVIVER.COM

Dr. Raquel Garcia explica sobre a Hepatite. PGM 15/06/2008

Ministério da Saúde reforça calendário de vacinação infantil


O Ministério da Saúde apresentou, em 19/01/2012, duas novas vacinas que serão oferecidas às crianças brasileiras: a pólio inativada e a pentavalente. A intenção do governo é aumentar a gama de doenças das quais meninos e meninas estarão protegidos sem submetê-los a uma nova "picada". O calendário de vacinação do país passará por uma alteração, mas a campanha nacional contra a poliomielite, com as "gotinhas", está mantida.
Já a vacina pentavalente agrega, em uma só dose, a defesa contra cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo b e hepatite B. A proteção desses males, hoje, é feita por meio de três vacinas separadas.

 

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

IMUNIZAÇÃO

Existem vacinas contra hepatite A e B e imunoglobulina contra hepatite B. 
Não existe vacina ou imunoglobulina contra hepatite C, o que reforça a necessidade de um controle adequado da cadeia de transmissão no domicílio e na comunidade, bem como entre populações de risco acrescido, através de políticas de redução de danos.



Vacina contra hepatite B
A vacina contra hepatite B está disponível no SUS para as seguintes situações:
 
Faixas etárias específicas:
• menores de um ano de idade, a partir do nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o parto;
• crianças e adolescentes entre um a 19 anos de idade.

Para todas as faixas etárias:
• doadores regulares de sangue;
• populações indígenas;
• comunicantes domiciliares de portadores do vírus da hepatite B;
• portadores de hepatite C;
• usuários de hemodiálise;
• politransfundidos;
• hemofílicos;
• talassêmicos;
• portadores de anemia falciforme;
• portadores de neoplasias;
• portadores de HIV (sintomáticos e assintomáticos);
• usuários de drogas injetáveis e inaláveis;
• pessoas reclusas (presídios, hospitais psiquiátricos, instituições de menores, forças armadas, etc);
• carcereiros de delegacias e penitenciárias;
• homens que fazem sexo com homens;
• profissionais do sexo;
• profissionais de saúde;
• coletadores de lixo hospitalar e domiciliar;
• bombeiros, policiais militares, civis e rodoviários envolvidos em atividade de resgate.
 
Em recém-nascidos, a primeira dose da vacina deve ser aplicada logo após o nascimento, nas primeiras 12 horas de vida, para evitar a transmissão vertical. Caso isso não tenha sido possível, iniciar o esquema o mais precocemente possível, na unidade neonatal ou na primeira visita ao Posto de Saúde. A vacina contra hepatite B pode ser administrada em qualquer idade e simultaneamente com outras vacinas do calendário básico.
A imunização contra a hepatite B é realizada em três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose (0, 1 e 6 meses).
Algumas populações como imunocomprometidos, portadores de insuficiência renal em programas de hemodiálise e alguns bebês prematuros, devem fazer uso de esquemas especiais.
 
Imunoglobulina Humana anti-hepatite tipo B
A imunoglobulina humana anti-hepatite tipo B (IGHAHB), disponível nos CRIE, é indicada para pessoas não vacinadas, após exposição ao vírus da hepatite B, nas seguintes situações:
• vítimas de abuso sexual;
• comunicantes sexuais de caso agudo de hepatite B;
• vítimas de exposição sangüínea (acidente pérfuro-cortante ou exposição de mucosas), quando o caso fonte for portador do HBV ou de alto risco;
• recém-nascidos de mãe sabidamente portadora do HBV.
 
Pacientes que receberam a IGHAHB devem iniciar ou completar o esquema de imunização contra a hepatite B.

São marcadores de triagem para a Hepatite B:


HBsAg e anti-HBc total.
› HBsAg (antígeno de superfície do VHB) – é o primeiro marcador a surgir após a infecção,
em torno de 30 a 45 dias, e pode permanecer detectável por até 120 dias nos casos
de hepatite aguda. Ao persistir além de seis meses caracteriza a infecção crônica. Existem
mutações que podem alterar a conformação do HBsAg e consequentemente, inibir a sua
detecção pelos testes imunoenzimáticos usuais. Nestes casos, a sorologia para o HBsAg
apresenta-se negativa, o que pode caracterizar uma infecção oculta, na qual recomendase
avaliar a carga viral do VHB, utilizando testes de biologia molecular.
› Anti-HBc IgG (anticorpos IgG contra o antígeno do núcleo do VHB) – é o marcador
que indica contato prévio com o vírus. Permanece detectável por toda a vida nos indivíduos
que tiveram a infecção.
› Anti-HBc total – este marcador é utilizado na triagem para a hepatite B por detectar
tanto o anticorpo IgG quanto o anticorpo IgM. Determina a presença de anticorpos
tanto da classe IgM quanto da classe IgG, por isso ao receber como resultado o anti-HBc
Total reagente é importante definir se o resultado é devido aos altos títulos de IgG (Imunidade
por infecção passada ou imunidade por resposta vacinal) ou pelos altos títulos de
IgM (fase aguda).

› Anti-HBc IgM (anticorpos da classe IgM contra o antígeno do núcleo do VHB) – é
um marcador de infecção recente, encontrado no soro até 32 semanas após a infecção e
portanto confirma o diagnóstico de hepatite B aguda.
› Anti-HBs (anticorpos contra o antígeno de superfície do VHB) – é o único marcador
que confere imunidade ao VHB. Está presente no soro após o desaparecimento do
HBsAg, sendo indicador de cura e imunidade. Está presente isoladamente em pessoas
vacinadas.
› HBeAg (antígeno “e” do VHB) – é indicativo de replicação viral e, portanto, de alta
infectividade. Na fase aguda surge após o aparecimento do HBsAg e pode permanecer
por até dez semanas. Na hepatite B crônica, a presença do HBeAg indica replicação viral
e, portanto, atividade da doença. Em pacientes infectados por cepas com mutação précore
(não produtoras da proteína “HBeAg”) este marcador apresenta-se não reagente.
Neste caso recomenda-se avaliar a carga viral do VHB, utilizando testes de biologia
molecular.

› Anti-HBe (anticorpo contra o antígeno “e” do VHB) – seu surgimento é um marcador
de bom prognóstico na hepatite aguda pelo VHB. A soroconversão HBeAg para anti-
HBe indica alta probabilidade de resolução da infecção nos casos agudos. Na hepatite
crônica, a presença do anti-HBe, de modo geral, indica ausência de replicação viral, e,
portanto, menor atividade da doença.

Principais características dos vírus que causam a Hepatite