sábado, 6 de outubro de 2012

HEPATITE B

A hepatite B é transmitida por um vírus DNA com 42 nm de diâmetro, composto por elementos superficiais e centrais com características antigênicas diferentes. O conhecimento destes marcadores virais é extremamente importante no diagnóstico e no tratamento, tanto da infecção aguda quanto da doença crônica. Após a contaminação, os marcadores podem ser detectados no sangue, sendo possível o diagnóstico da fase aguda através da detecção do IgM-antiHBc (este marcador pode ser detectado até 1 ano após a infecção, porém em níveis bem mais baixos que na fase aguda). A detecção do HBsAg e do HBeAg não diagnostica fase aguda já que estes marcadores podem estar presentes também na infecção crônica. A ausência do HBsAg não afasta o diagnóstico de hepatite B aguda, já que entre o desaparecimento deste marcador e o surgimento de seu anticorpo (anti-HBs) pode haver um período variável de tempo denominado janela imunológica. O HBeAg, que marca replicação viral, pode se manter positivo durante toda a fase aguda e também na infecção crônica, caso esta ocorra. O HBcAg não é, normalmente, detectado no soro dos pacientes contaminados, só sendo possível sua detecção no tecido hepático através de técnicas de imunoperoxidase. Com o passar do tempo, a tendência é o desaparecimento do HBsAg, do HBeAg e do anti-HBc IgM e surgimento do anti-HBs, antiHBe e do anti- HBc IgG, marcando a cura da infecção. A permanência do HBsAg por 6 meses ou mais permite a inclusão do paciente no grupo de portadores crônicos do vírus da hepatite B (quadro 3) .




As principais vias de transmissão do vírus B são a parenteral, sexual e vertical. Após o contágio, 90% das crianças e 10% dos adultos se tornam portadores crônicos do vírus B. Tal fato torna as medidas preventivas ainda mais importantes. Dentre os profissionais da área de saúde, a necessidade de vacinação é incontestável, tendo em vista que a mesma leva a produção adequada de anticorpos em 95% dos adultos .

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