quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O que é Hepatite B?

http://www.minhavida.com.br/saude/temas/hepatite-b

Prevenção

Todas as crianças devem receber a primeira dose da vacina contra a hepatite B no nascimento e devem completar a série de três vacinas até os 6 meses. Jovens menores de 19 anos que não foram vacinados devem atualizar suas vacinas.
Pessoas com alto risco de contaminação, incluindo profissionais da saúde e aqueles que moram com alguém que tem hepatite B precisam se vacinar.
Recém-nascidos cujas mães estão infectadas com hepatite B no momento ou já tiveram a infecção devem receber uma vacinação especial que inclui imunoglobulina contra hepatite B e imunização da hepatite B nas primeiras 12 horas de vida.
A triagem de todo o sangue doado tem reduzido as chances de contaminação por hepatite B na transfusão de sangue. A notificação obrigatória da doença permite que os profissionais da saúde acompanhem pessoas que foram expostas ao vírus. A vacina é dada àqueles que ainda não desenvolveram a doença.
Adam Vacina protege do vírus da hepatite B
A vacina ou a imunoglobulina contra a hepatite B (HBIG) pode ajudar a prevenir a infecção se aplicada até 24 horas após a exposição.
Hábitos para prevenir a transmissão da hepatite B:
  • Evite o contato sexual com uma pessoa que tenha hepatite B aguda ou crônica.
  • Use preservativo e pratique sexo seguro.
  • Evite utilizar objetos pessoais de outros, tais como lâminas de barbear ou escovas de dente.
  • Não compartilhe seringas de drogas ou instrumentos de outras drogas (como canudos para cheirar drogas).
  • Limpe manchas de sangue com uma solução contendo 1 porção de alvejante para 10 de água.
O vírus da hepatite B (e o da hepatite C) não pode ser transmitido pelo contato casual, como mãos dadas, partilha de talheres ou copos, amamentação, beijo, abraço, tosse ou espirro.

Fontes e referências:
  • Dienstag JL. Hepatitis B virus infection. N Engl J Med. 2008;359:1486-1500.
  • Perrillo R. Hepatitis B and D. In: Feldman M, Friedman LS, Brandt LJ, eds. Sleisenger and Fordtran's Gastrointestinal and Liver Disease. 9th ed. Philadelphia, Pa: Saunders Elsevier;2010:chap 78.
  • Sorrell MF, Belongia EA, Costa J, Gareen IF, Grem JL, Inadomi JM, et al. National Institutes of Health Consensus Development Conference Statement: Management of hepatitis B. Ann Intern Med. 2009;150:104-10.

Expectativas

A fase aguda da doença normalmente acaba após 2 ou 3 semanas. O fígado normalmente volta ao normal dentro de 4 - 6 meses em quase todos os pacientes infectados.
Algumas pessoas desenvolvem hepatite crônica.
  • Quase todos os recémnascidos e cerca de 50% das crianças que são infectadas com hepatite B desenvolvem hepatite crônica. Menos de 5% dos adultos infectados com o vírus desenvolvem a hepatite crônica.
  • A infecção da hepatite B crônica aumenta o risco de danos hepáticos, incluindo cirrose hepática e câncer.
  • Pessoas que têm hepatite B crônica podem transmitir a infecção. Elas são consideradas portadoras da doença, mesmo que não tenham sintoma algum.
A hepatite B é fatal em cerca de 1% dos casos.

Complicações possíveis

Há uma taxa muito mais elevada de carcinoma hepatocelular em pessoas que têm hepatite B crônica do que na população de forma geral.
Outras complicações podem ser:
  • Hepatite crônica persistente
  • Cirrose
  • Hepatite fulminante, que pode levar à insuficiência hepática e, possivelmente, à morte

Tratamento de Hepatite B

A hepatite aguda não precisa de outro tratamento além do monitoramento cuidadoso do fígado e de outras funções do corpo com exames de sangue. O paciente precisa descansar bastante, beber muito líquido e se alimentar de forma saudável.
Raramente se desenvolve insuficiência hepática, mas se for o caso, talvez seja necessário fazer transplante de fígado. O transplante de fígado é a única maneira de garantir a cura em alguns casos.
Alguns pacientes com hepatite crônica podem ser tratados com medicamentos antivirais ou com um medicamento chamado interferon peguilado. Esses medicamentos conseguem reduzir ou eliminar a hepatite B do sangue e reduzir o risco de cirrose e câncer no fígado.
O transplante serve para tratar graves lesões no fígado causadas pela hepatite B crônica.
Pacientes com hepatite crônica devem evitar bebidas alcoólicas e sempre verificar com o médico ou enfermeiro antes de tomar qualquer medicamento de venda livre ou suplementos à base de ervas. O que inclui até mesmo medicamentos como paracetamol, aspirina ou ibuprofeno.
Consulte: Cirrose para obter informações sobre o tratamento de danos hepáticos mais graves causados pela hepatite B.

Sintomas de Hepatite B

Logo que uma pessoa é infectada com o vírus da hepatite B:
  • Ela pode não apresentar sintoma algum
  • Pode sentir-se doente por alguns dias ou semanas
  • Pode sentir-se muito doente (chamada hepatite fulminante)
Se o corpo for capaz de lutar contra a hepatite B, quaisquer sintomas que apareçam deverão sumir em algumas semanas ou meses.
Algumas pessoas não conseguem se livrar completamente da infecção da hepatite B. Nesse caso, é chamada de hepatite B crônica.
Muitas pessoas que têm hepatite B crônica têm poucos ou nenhum sintoma. Elas podem nem parecer estar doentes. É por isso que elas podem não perceber que estão infectadas. No entanto, ainda podem passar o vírus para outras pessoas.
Após serem infectadas, seus sintomas podem demorar até 6 meses para aparecerem. Os primeiros sintomas podem ser:
  • Perda de apetite
  • Fadiga
  • Febre baixa
  • Dores nos músculos e articulações
  • Náuseas e vômitos
  • Pele amarelada e urina escurecida por causa da icterícia
Pessoas com hepatite crônica podem não apresentar sintomas, mesmo se o fígado estiver sendo gradualmente danificado. Ao longo do tempo, algumas pessoas podem apresentar sintomas de lesão hepática crônica e cirrose do fígado.

Buscando ajuda médica

Ligue para o médico se:
  • Aparecerem sintomas da hepatite B
  • Os sintomas da hepatite B não desaparecem em 2 ou 3 semanas ou novos sintomas aparecerem
  • Você pertencer a um grupo de alto risco para a hepatite B e ainda não tiver sido vacinado contra o vírus.

O que é Hepatite B?

A hepatite B é a irritação e inchaço (inflamação) do fígado devido à infecção pelo vírus da hepatite B (HBV).
Outros tipos de hepatite viral são:
O que é hepatite?
Consulte também:
  • Hepatite autoimune
  • Hepatite crônica persistente
  • Hepatite induzida por drogas

Causas

A infecção por hepatite B pode ser transmitida pelo contato com o sangue, sêmen, fluidos vaginais e outros fluidos corporais de alguém que já tem infecção por hepatite B.
Adam Vírus da hepatite B
A infecção pode ser transmitida através de:
  • Transfusão de sangue (não é comum nos Estados Unidos)
  • Contato direto com sangue em ambientes da área de saúde
  • Relação sexual com uma pessoa infectada
  • Tatuagens ou acupuntura com agulhas ou instrumentos sujos
  • Agulhas compartilhadas durante a utilização de drogas
  • Itens pessoais compartilhados com alguém já infectado (como escovas de dentes, lâminas de barbear e cortadores de unhas)
O virus da hepatite B poderá ser passado para um bebê durante o parto se a mãe estiver infectada.
Os fatores de risco da hepatite B são:
  • Nascer, ou ter pais que nasceram, em regiões com altas taxas de infecção (incluindo a Ásia, África e Caribe)
  • Estar infectado com HIV
  • Estar fazendo hemodiálise
  • Ter vários parceiros sexuais
  • Ser homem e ter parceiros do mesmo sexo
A maioria dos danos causados pela hepatite B ocorre devido à maneira como o corpo responde à infecção. Quando o sistema imunológico do corpo detecta a infecção, envia células especiais para combatê-la. No entanto, estas células de combate à doença podem causar a inflamação do fígado.

Exames

Os seguintes exames são feitos para identificar e monitorar danos no fígado causados pela hepatite B:
  • Albumina
  • Exames de função hepática
  • Tempo de protrombina
Os seguintes exames são feitos para ajudar a diagnosticar e monitorar pessoas com hepatite B:
  • Anticorpo para o HBsAg (antiHBs) um resultado positivo significa que a pessoa teve ou se vacinou contra a hepatite B
  • Anticorpos para antígeno core da hepatite B (Anti-HBc) - um resultado positivo significa que teve infecção recente ou no passado
  • Antígeno de superfície da hepatite B (HBsAg) - um resultado positivo significa que há infecção ativa
  • Antígeno de superfície da hepatite E (HBeAg) - um resultado positivo significa que há infecção por hepatite B e que esta pessoa está mais propensa a passar a infecção para outras pessoas por contato sexual ou compartilhamento de agulhas
Um paciente com hepatite crônica precisa de exames de sangue constantes para controlar seu estado.

domingo, 21 de outubro de 2012

Diagnóstico da Hepatite B


Clínico (principais sintomas): A hepatite B pode ou não apresentar sintomas. Quando presentes, os sintomas podem variar entre os seguintes: mal-estar, cefaleia (dor de cabeça), febre baixa, anorexia (falta de apetite), astenia (cansaço), fadiga, artralgia (dor nas articulações), náuseas, vômitos, prurido (coceira), desconforto abdominal na região do fígado e aversão a alguns alimentos e cigarro. A icterícia geralmente inicia-se quando a febre desaparece e pode ser precedida por colúria (urina escura) e hipocolia fecal (descoloração das fezes). A hepatomegalia (aumento do fígado) ou a hepatoesplenomegalia (aumento do fígado e do baço).






>> Hepatite B aguda: A evolução de uma hepatite B aguda consiste de três fases:
Prodrômica ou pré-ictérica: Com aparecimento de febre, astenia, dores musculares ou articulares e sintomas digestivos, tais como anorexia, náuseas e vômitos, perversão do paladar, às vezes cefaleia, repulsa ao cigarro. A evolução é de mais ou menos 4 semanas. Eventualmente esta fase pode não acontecer, surgindo a icterícia como o primeiro sinal.
Ictérica: abrandamento dos sintomas digestivos e surgimento da icterícia que pode ser de intensidade variável, sendo, às vezes, precedida de colúria. A hipocolia pode surgir por prazos curtos, 7 a 10 dias, e às vezes se acompanha de prurido.
Convalescença: Desaparece a icterícia e retorna a sensação de bem-estar. A recuperação completa ocorre após algumas semanas, mas a astenia pode persistir por vários meses. Uma média de 90 a 95% dos pacientes adultos acometidos pode evoluir para a cura.

>> Hepatite B crônica:
Quando a reação inflamatória do fígado nos casos agudos sintomáticos ou assintomáticos persiste por mais de seis meses, considera-se que a infecção evoluiu para a forma crônica. Os sintomas, quando presentes, são inespecíficos, predominando fadiga, mal-estar geral e sintomas digestivos. Somente 20% a 40% dos casos têm história prévia de hepatite aguda sintomática. Em uma parcela dos casos crônicos, após anos de evolução, pode aparecer cirrose, com surgimento de icterícia, edema, ascite, varizes de esôfago e alterações hematológicas. A hepatite B crônica pode também evoluir para hepatocarcinoma sem passar pelo estágio de cirrose.

Laboratorial (exames realizados):
A suspeita diagnóstica pode ser guiada por dados clínicos e/ou epidemiológicos. A confirmação diagnóstica é laboratorial e realiza-se por meio dos marcadores sorológicos de triagem do VHB, que são HBsAg e anti-HBc.

sábado, 6 de outubro de 2012

HEPATITE B

A hepatite B é transmitida por um vírus DNA com 42 nm de diâmetro, composto por elementos superficiais e centrais com características antigênicas diferentes. O conhecimento destes marcadores virais é extremamente importante no diagnóstico e no tratamento, tanto da infecção aguda quanto da doença crônica. Após a contaminação, os marcadores podem ser detectados no sangue, sendo possível o diagnóstico da fase aguda através da detecção do IgM-antiHBc (este marcador pode ser detectado até 1 ano após a infecção, porém em níveis bem mais baixos que na fase aguda). A detecção do HBsAg e do HBeAg não diagnostica fase aguda já que estes marcadores podem estar presentes também na infecção crônica. A ausência do HBsAg não afasta o diagnóstico de hepatite B aguda, já que entre o desaparecimento deste marcador e o surgimento de seu anticorpo (anti-HBs) pode haver um período variável de tempo denominado janela imunológica. O HBeAg, que marca replicação viral, pode se manter positivo durante toda a fase aguda e também na infecção crônica, caso esta ocorra. O HBcAg não é, normalmente, detectado no soro dos pacientes contaminados, só sendo possível sua detecção no tecido hepático através de técnicas de imunoperoxidase. Com o passar do tempo, a tendência é o desaparecimento do HBsAg, do HBeAg e do anti-HBc IgM e surgimento do anti-HBs, antiHBe e do anti- HBc IgG, marcando a cura da infecção. A permanência do HBsAg por 6 meses ou mais permite a inclusão do paciente no grupo de portadores crônicos do vírus da hepatite B (quadro 3) .




As principais vias de transmissão do vírus B são a parenteral, sexual e vertical. Após o contágio, 90% das crianças e 10% dos adultos se tornam portadores crônicos do vírus B. Tal fato torna as medidas preventivas ainda mais importantes. Dentre os profissionais da área de saúde, a necessidade de vacinação é incontestável, tendo em vista que a mesma leva a produção adequada de anticorpos em 95% dos adultos .

Hepatites virais I Vídeo oficial



Vídeo da campanha de combate às hepatites virais.

Hot site: www.hepatitesvirais.com.br
Facebook: http://www.facebook.com/minsaude
Twitter: www.twitter.com/HepatitesMS

Outras informações:

SUS adota testes rápidos para hepatites B e C: http://bit.ly/o76hfb

Testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites serão realizados em aldeias de todo o Brasil: http://bit.ly/qqS5Ec

Parceria leva combate das hepatites aos caminhoneiros: http://bit.ly/qKS2KT

Quem freqüenta salão de beleza ou estúdio de tatuagem deve ficar atento à prevenção: http://bit.ly/ohMEBd

Próximo ao dia de combate a hepatite saiba mais sobre os tipos: http://bit.ly/py1O42

Caminhoneiros receberão ações de combate e tratamento da doença: http://bit.ly/oyF67n

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Licença de atribuição Creative Commons (reutilização permitida)

HEPATITE - BATE PAPO - WWW.ARTEDEVIVER.COM

Dr. Raquel Garcia explica sobre a Hepatite. PGM 15/06/2008

Ministério da Saúde reforça calendário de vacinação infantil


O Ministério da Saúde apresentou, em 19/01/2012, duas novas vacinas que serão oferecidas às crianças brasileiras: a pólio inativada e a pentavalente. A intenção do governo é aumentar a gama de doenças das quais meninos e meninas estarão protegidos sem submetê-los a uma nova "picada". O calendário de vacinação do país passará por uma alteração, mas a campanha nacional contra a poliomielite, com as "gotinhas", está mantida.
Já a vacina pentavalente agrega, em uma só dose, a defesa contra cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo b e hepatite B. A proteção desses males, hoje, é feita por meio de três vacinas separadas.

 

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

IMUNIZAÇÃO

Existem vacinas contra hepatite A e B e imunoglobulina contra hepatite B. 
Não existe vacina ou imunoglobulina contra hepatite C, o que reforça a necessidade de um controle adequado da cadeia de transmissão no domicílio e na comunidade, bem como entre populações de risco acrescido, através de políticas de redução de danos.



Vacina contra hepatite B
A vacina contra hepatite B está disponível no SUS para as seguintes situações:
 
Faixas etárias específicas:
• menores de um ano de idade, a partir do nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o parto;
• crianças e adolescentes entre um a 19 anos de idade.

Para todas as faixas etárias:
• doadores regulares de sangue;
• populações indígenas;
• comunicantes domiciliares de portadores do vírus da hepatite B;
• portadores de hepatite C;
• usuários de hemodiálise;
• politransfundidos;
• hemofílicos;
• talassêmicos;
• portadores de anemia falciforme;
• portadores de neoplasias;
• portadores de HIV (sintomáticos e assintomáticos);
• usuários de drogas injetáveis e inaláveis;
• pessoas reclusas (presídios, hospitais psiquiátricos, instituições de menores, forças armadas, etc);
• carcereiros de delegacias e penitenciárias;
• homens que fazem sexo com homens;
• profissionais do sexo;
• profissionais de saúde;
• coletadores de lixo hospitalar e domiciliar;
• bombeiros, policiais militares, civis e rodoviários envolvidos em atividade de resgate.
 
Em recém-nascidos, a primeira dose da vacina deve ser aplicada logo após o nascimento, nas primeiras 12 horas de vida, para evitar a transmissão vertical. Caso isso não tenha sido possível, iniciar o esquema o mais precocemente possível, na unidade neonatal ou na primeira visita ao Posto de Saúde. A vacina contra hepatite B pode ser administrada em qualquer idade e simultaneamente com outras vacinas do calendário básico.
A imunização contra a hepatite B é realizada em três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose (0, 1 e 6 meses).
Algumas populações como imunocomprometidos, portadores de insuficiência renal em programas de hemodiálise e alguns bebês prematuros, devem fazer uso de esquemas especiais.
 
Imunoglobulina Humana anti-hepatite tipo B
A imunoglobulina humana anti-hepatite tipo B (IGHAHB), disponível nos CRIE, é indicada para pessoas não vacinadas, após exposição ao vírus da hepatite B, nas seguintes situações:
• vítimas de abuso sexual;
• comunicantes sexuais de caso agudo de hepatite B;
• vítimas de exposição sangüínea (acidente pérfuro-cortante ou exposição de mucosas), quando o caso fonte for portador do HBV ou de alto risco;
• recém-nascidos de mãe sabidamente portadora do HBV.
 
Pacientes que receberam a IGHAHB devem iniciar ou completar o esquema de imunização contra a hepatite B.

São marcadores de triagem para a Hepatite B:


HBsAg e anti-HBc total.
› HBsAg (antígeno de superfície do VHB) – é o primeiro marcador a surgir após a infecção,
em torno de 30 a 45 dias, e pode permanecer detectável por até 120 dias nos casos
de hepatite aguda. Ao persistir além de seis meses caracteriza a infecção crônica. Existem
mutações que podem alterar a conformação do HBsAg e consequentemente, inibir a sua
detecção pelos testes imunoenzimáticos usuais. Nestes casos, a sorologia para o HBsAg
apresenta-se negativa, o que pode caracterizar uma infecção oculta, na qual recomendase
avaliar a carga viral do VHB, utilizando testes de biologia molecular.
› Anti-HBc IgG (anticorpos IgG contra o antígeno do núcleo do VHB) – é o marcador
que indica contato prévio com o vírus. Permanece detectável por toda a vida nos indivíduos
que tiveram a infecção.
› Anti-HBc total – este marcador é utilizado na triagem para a hepatite B por detectar
tanto o anticorpo IgG quanto o anticorpo IgM. Determina a presença de anticorpos
tanto da classe IgM quanto da classe IgG, por isso ao receber como resultado o anti-HBc
Total reagente é importante definir se o resultado é devido aos altos títulos de IgG (Imunidade
por infecção passada ou imunidade por resposta vacinal) ou pelos altos títulos de
IgM (fase aguda).

› Anti-HBc IgM (anticorpos da classe IgM contra o antígeno do núcleo do VHB) – é
um marcador de infecção recente, encontrado no soro até 32 semanas após a infecção e
portanto confirma o diagnóstico de hepatite B aguda.
› Anti-HBs (anticorpos contra o antígeno de superfície do VHB) – é o único marcador
que confere imunidade ao VHB. Está presente no soro após o desaparecimento do
HBsAg, sendo indicador de cura e imunidade. Está presente isoladamente em pessoas
vacinadas.
› HBeAg (antígeno “e” do VHB) – é indicativo de replicação viral e, portanto, de alta
infectividade. Na fase aguda surge após o aparecimento do HBsAg e pode permanecer
por até dez semanas. Na hepatite B crônica, a presença do HBeAg indica replicação viral
e, portanto, atividade da doença. Em pacientes infectados por cepas com mutação précore
(não produtoras da proteína “HBeAg”) este marcador apresenta-se não reagente.
Neste caso recomenda-se avaliar a carga viral do VHB, utilizando testes de biologia
molecular.

› Anti-HBe (anticorpo contra o antígeno “e” do VHB) – seu surgimento é um marcador
de bom prognóstico na hepatite aguda pelo VHB. A soroconversão HBeAg para anti-
HBe indica alta probabilidade de resolução da infecção nos casos agudos. Na hepatite
crônica, a presença do anti-HBe, de modo geral, indica ausência de replicação viral, e,
portanto, menor atividade da doença.

Principais características dos vírus que causam a Hepatite


sábado, 29 de setembro de 2012

Hepatites, epidemia ignorada 1º episódio Drauzio Varella


Dr. Drauzio Varella explica sobre a Hepatite B


Como o vírus ataca

Quando uma pessoa tem hepatite B crônica, o vírus multiplica-se e ataca lentamente o fígado ao longo do tempo. Esta situação pode levar à fibrose e à cirrose, alterações que podem diminuir a capacidade do fígado para se regenerar. A maioria das pessoas com hepatite B não tem sinais ou sintomas visíveis, podendo viver com a doença durante muitos anos sem perceberem que estão infectadas. O vírus da hepatite B, quando não é diagnosticado e tratado, pode provocar complicações para toda a vida que, em última instância, dão origem a cancro e morte.









A Hepatite B

O VHB pertence à família Hepadnaviridae  do gênero Orthohepadnavirus, medindo entre 40 à 42nm, tem uma superfície exterior do envelope composta por proteínas, lipídeos, hidratos de carbono, e tem um DNA de cadeia dupla circular rodeada por uma região de núcleo hexagonal. Embora o vírus seja muito resistente ao calor e outros agentes físicos, o plasma pode ser infectado e inativado por aquecimento durante 5 horas a 60ºC 



Devido à sua alta especificidade, o VHB infecta o homem, que constitui o reservatório natural. O risco de desenvolver doença aguda ictérica aumenta com a idade do paciente, inversamente à possibilidade de cronificação. Quando os recém-nascidos entram em contato com os vírus B há 90% de chance de se tornarem cronicamente infectados; quando a infecção ocorre aos cinco anos, a possibilidade cai para 30-50%, sendo a taxa reduzida para 5-10% se a infecção ocorre em adultos.

O VHB pode causar hepatite aguda (que conduz a cirrose), hepatite fulminante, com necrose hepática maciça, uma doença assintomática (com ou sem progressão da doença), ou ser uma porta de entrada para a infecção pelo vírus da hepatite delta. Pode ser transmitido principalmente através de fluidos corporais, como sêmen, saliva, suor, lágrimas, de forma congênita, através de transfusão sanguínea, pequenos ferimentos na pele e mucosas, utilização compartilhada de drogas injetáveis ou até mesmo pelo leite materno.
A infecção pela doença também pode causar sintomas tais como a astenia, febre e vómitos, porém raramente se torna fatal para o indivíduo. Os doentes na fase aguda muitas vezes necessitam de semanas ou até meses de repouso e acompanhamento médico para atingir a recuperação total, além de ficarem com restrições severas em sua vida social, antes de retomarem o ritmo normal da sua vida cotidiana